Nesta quarta-feira (31), a Polícia Federal prendeu o empresário Xinxa Goes de Siqueira, de 45 anos, conhecido como "Rei da Cebola", em um prédio de luxo no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A prisão faz parte da "Operação Duplo X", que visa desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, agiotagem e outros crimes. Em cinco anos, o grupo teria movimentado R$ 70 milhões.
Detalhes da Operação
O empresário, dono de uma empresa de hortifruti, é um dos maiores comercializadores de cebola do Norte e Nordeste do Brasil. No entanto, segundo o delegado federal Márcio Tenório, além de suas atividades comerciais legítimas, Xinxa Goes de Siqueira também é suspeito de envolvimento em atividades ilícitas, como agiotagem, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Há indícios de que ele também emprestava armas de fogo, sob a condição de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), para conhecidos, possivelmente alugando-as, conforme revelam mensagens interceptadas.
Apreensões e Mandados Cumpridos
A operação, que envolveu oito mandados de busca e apreensão em diversos endereços de Pernambuco e Fortaleza, resultou na apreensão de carros de luxo, incluindo uma Ferrari, avaliados em cerca de R$ 30 milhões. As buscas foram realizadas em Boa Viagem, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Cabrobó, Recife e Fortaleza. Apesar de atuação em São Paulo, mandados não foram cumpridos no Estado.
Os investigados tiveram seus bens sequestrados e valores bloqueados, com o objetivo de reunir evidências do esquema de importação e exportação envolvendo empresas ligadas ao grupo, que não tinham autorização para tais atividades, sendo empresas de serviços.
Próximos Passos
O "Rei da Cebola" foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel) em Abreu e Lima. A investigação continua, e a Polícia Federal busca coletar mais provas sobre as atividades ilícitas do grupo, incluindo a suposta importação e exportação ilegal e as movimentações financeiras atípicas identificadas.
Blog Ponto40
Com informações da Assecom PF e do Jornal do Comércio PE
Foto redes sociais/PF
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