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MPRN e Receita Federal desarticulam esquema de lavagem de dinheiro do PCC e bloqueiam R$ 2,2 bilhões


Nesta quinta-feira (14), o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Receita Federal deflagraram a operação Argento em quatro estados brasileiros, visando desarticular um complexo esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao tráfico de drogas. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e resultou no cumprimento de sete mandados de prisão preventiva e 29 mandados de busca e apreensão em municípios do Rio Grande do Norte (Natal, Caicó, Parnamirim e Nísia Floresta) e em cidades de São Paulo, Bahia e Pará.


A operação Argento é um desdobramento da operação Plata, realizada em fevereiro de 2023. Entre os alvos da ação está Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Pintado ou Tio, um dos principais chefes do PCC, que, mesmo preso desde abril de 2022, continuava coordenando atividades criminosas, incluindo o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.



De acordo com o MPRN, o esquema de Valdeci envolvia a abertura de empresas de fachada, compra e venda de imóveis de luxo, postos de combustíveis, e até a aquisição de cavalos de raça para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes. O grupo utilizava "laranjas" para movimentar grandes quantias em espécie, dificultando o rastreamento dos valores. O dinheiro passava por várias contas bancárias até ser utilizado em transações empresariais e imobiliárias.



As investigações revelaram que Valdeci contava com familiares e comparsas de confiança para manter o esquema ativo. O MPRN obteve a ordem judicial para o bloqueio de R$ 2,2 bilhões e a indisponibilidade de bens de 101 pessoas, além de ter analisado movimentações financeiras em 468 contas bancárias, que somaram R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.



Além dos mandados de prisão e busca, foram apreendidos dinheiro, joias, aparelhos de telefonia celular e computadores, que serão analisados pelo MPRN para aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos. A operação expôs a complexa divisão de tarefas dentro da organização criminosa, com grupos especializados na movimentação e ocultação de recursos ilícitos, criação de empresas de fachada, e administração de operações imobiliárias.


A operação Argento representa mais um golpe significativo nas finanças do PCC, mostrando o alcance das atividades da facção criminosa em todo o Brasil e a importância de operações integradas para combater o crime organizado.




Blog Ponto40

Com informações da Assecom MPRN

Imagens crédito MPRN

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