A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) expressou séria preocupação com os cortes contínuos no orçamento da Polícia Federal pelo governo federal, com destaque para o contingenciamento significativo deste ano. Segundo a ADPF, tais medidas ameaçam o funcionamento operacional da instituição, comprometendo desde o pagamento das diárias dos servidores até a execução de operações e o trabalho em áreas sensíveis do país.
Os cortes de verba ocorridos em 2023 já limitaram severamente a capacidade da Polícia Federal de realizar novos investimentos, e o novo contingenciamento coloca em risco até mesmo a manutenção dos serviços essenciais. A iminência de impacto nos contratos de profissionais terceirizados preocupa, especialmente no que diz respeito a serviços de imigração e emissão de passaportes, afetando diretamente milhares de cidadãos brasileiros e estrangeiros.
A ADPF ressalta que a situação é contraditória, uma vez que a atuação da Polícia Federal não apenas se paga, mas também traz retornos significativos aos cofres públicos, seja por meio dos serviços prestados à população, seja pelo combate aos desvios de recursos e irregularidades. Argumenta-se que o investimento na PF é fundamental para conter crimes ambientais, desvios de recursos públicos e a violência das facções criminosas, trazendo benefícios tanto para o Estado quanto para a sociedade.
Diante disso, a ADPF solicita que o governo federal reconsidere os cortes e adote medidas para remanejar despesas e gerir de forma mais eficiente os recursos disponíveis, priorizando o custeio e o retorno de investimentos na Polícia Federal. A associação compreende as dificuldades econômicas enfrentadas, mas enfatiza a importância de se garantir a continuidade e a eficácia das atividades da PF em prol da segurança e da justiça no país.
A reportagem é baseada na nota oficial da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, datada de 15 de abril de 2024, em Brasília.
Blog Ponto40
Com informações da ADPF
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